MÁSCARAS

terça-feira, 13 de abril de 2010

As potencialidades Educativas da Internet

A sociedade de informação em que hoje estamos cada vez mais embrenhados levanta novas questões, apresenta novas exigências e coloca novos desafios à Educação em geral e à Escola em particular, especialmente a necessidade de sair da sua 'concha' e de se abrir para o mundo próximo ou longínquo de modo a transformar-se na 'escola informada' do futuro.
Hoje em dia, como todos nós, professores, bem nos apercebemos diariamente, a aprendizagem deixou de ser monopólio da escola, para, pelo contrário, se fazer cada vez mais fora das paredes da escola, no mundo exterior, no mundo real. Não tenho dúvidas de que esta situação tem de ser drasticamente invertida se quisermos manter a escola como instituição de aprendizagem por excelência, capaz de preparar a sua população estudantil para enfrentar os desafios do futuro e de se actualizar permanentemente através de uma aprendizagem ao longo da vida. No entanto, terá de ser uma escola a funcionar em moldes muito diferentes, uma escola adaptada aos tempos de hoje e de amanhã, não aos de ontem. Uma escola que vá ao encontro das necessidades, anseios e aspirações da sua população discente e, naturalmente, da sua população docente. O bem-estar destes dois pólos de acção é fundamental.

Embora sinta que as coisas não estão bem e que a mudança tem de começar o mais profunda e rapidamente possível, não tenho as respostas sobre 'como' levar a cabo essa mudança. Sinto que é necessário reformular todo o sistema educativo e as suas infra-estruturas, bem como preparar maciçamente o pessoal docente para levar a cabo essas transformações. Como sinto que é preciso criar espaços abertos de acesso à informática e às novas tecnologias, onde alunos e professores possam desbravar novos mundos, descobrir novos conhecimentos e aprender tanto em conjunto como separadamente. Também sinto que é preciso fazer mais trabalho de projecto, mais trabalho colaborativo com recurso à Internet e aos meios multimédia, estabelecer contactos pessoais com pessoas alheias à escola - especialistas, mentores, gente comum - que tenham um contributo a dar. Sei, pois já senti na pele, que este tipo de trabalho não se compadece com períodos compartimentados de 50 minutos. Como podemos imaginar, há muito a reformular, mas como? Não estou vocacionada para isso, mas certamente que há pessoas especializadas a ocupar-se desses assuntos urgentes e relevantes. No entanto, preocupa-me seriamente o timing dessas grandes alterações.

Apesar de não ter respostas, creio que um ponto de partida será 'atrair' a população estudantil cada vez mais distante e alheada deste circuito fechado que é a escola, de modo a que ela se mantenha atraída durante o seu tempo de permanência. Como? Proporcionando-lhe um ambiente de aprendizagem o mais real possível, o mais próximo possível da sua realidade exterior e daquilo que o futuro lhe reserva. Para tal, será preciso usar estratégias reais e meios reais. Estratégias que tenham a ver com a realidade, com o quotidiano, com o desempenho que terão na actividade profissional. Meios e recursos que façam parte do dia-a-dia de hoje e de amanhã. Algo que os faça sentir que aquilo que estão a fazer e a aprender é imprescindível para a sua sobrevivência futura. Algo que lhes mostre que o tempo que passam na escola 'faz sentido' e 'tem sentido' para a sua vida prática.

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